sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Crazy Love

Passaram-se cinqüenta anos, e então, um velho rock-balada recomeçou a martelar meus ouvidos. Crazy Love, sucesso de Paul Anka, ídolo neste desaparecido gênero, bem como Neil Sedaka, Johnny Restivo, Pat Boone e outros. Só agora tornei a ouvi-lo.
Poucos, mesmo remanescentes do final dos anos 50, lembrar-se-ão desta. E, no entanto, essa música, tão simples, foi marcante em minha juventude. Crazy Love, crazy love!
E eu tinha, mesmo, um louco amor, uma paixão talvez não correspondida. E daí, dirão, e quem não as teve?
É inevitável, chega-se do interior, deslumbrado com a então bela capital, tem-se um emprego mal remunerado, mas no campo que sempre se desejou, e portanto promissor.
O futuro era nosso. Que mais, senão ser contaminado por um louco amor?
Houve um belo filme de George Lucas que depois se celebrizou com Star Wars, mas que eu acho muito melhor, teve em português o título “Febre de Juventude”, no original, “American Grafitti”.
Era justamente sobre esta época, os jovens loucos por carrões 
e o rock-balada comendo solto. E a paixão do herói por uma garota ideal, misteriosa, bela e loura, um sonho impossível, que lhe acenava com esperanças. E quando ele se vai da cidadezinha, ainda vê o carro da bela abaixo na estrada, dando-lhe adeus, ou uma promessa de futuro.
Esses loucos amores foram, e talvez ainda sejam, também uma “febre de juventude”, tão intensa quanto passageira. Ai de quem não os teve! Infelizmente, Crazy Love não faz parte da trilha deste filme, mas bem que poderia fazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário